Estamos mais ou menos a meio de uma tese. Neste momento estou a dedicar-me mais à parte escrita que à parte prática e por incrível que pareça, a parte escrita parece mais difícil, porque parece que nunca mais acaba! Sinto-me embrulhada em montes de informação que tenho de confirmar e retirar o que é mais importante. E escrever, escrever, mais ou menos o que faço por aqui só que com uma bola de chumbo nos pés, porque cada frase tem de ser o mais precisa e correta cientificamente. Tudo o que escrevemos tem de ter por base algo já estudado. Não posso escrever o que me apetecer, pelo menos para já. Talvez quando chegar à parte dos agradecimentos, tenha essa liberdade. Confesso que essa é a parte que mais me emociona ao ler uma tese. Porque neste caminho longo e quase infindável, temos sempre os nossos backups de emergência para nos salvar de um dia menos bom de investigação ou de dissertação. 

A minha tese tem como tema o desenvolvimento de bolachas sem glúten com Spirulina, algo já comercializado por aí na versão com farinha trigo. Sem glúten creio que não. Ou pelo menos espero, que ao menos esteja a comprovar algo que nunca tenha sido feito. Obviamente que é um pouco impossível ser se o primeiro, mas em termos científicos, a minha tese é direcionada para as pessoas que sofrem de sensibilidade ao glúten, intolerância ou doença celíaca. Mas quem apenas quer experimentar este novo mundo também é bem vindo. Hei de anunciar por aqui quando for a fase de análise sensorial. Não se preocupem que vai saber bem. Doces ou salgadas! Alguém quer?