Era uma vez uma carta de condução mal dada

10.4.15

Há pessoas que mais valia não terem carta de condução. Quem é que foi capaz de cometer tal atrocidade e dar a bendita carta a pessoas pouco habilidosas e que só servem para empatar os outros na estrada? Vá, também não posso ser mazinha. Toda a gente tem direito a conduzir, há uns é com mais jeito do que outros. E há uns com mais atenção do que outros e há uns com mais respeito do que outros. Hoje, lamentavelmente não levei com o trânsito da cidade de Lisboa, porque se não este texto seria muito pior. Só levei mesmo com a alentejanice daqui das redondezas. Tendo o carro muito bem estacionado, quando chego ao lugar pronta para sair, chega uma senhora na maior das descontracções e estaciona atrás do meu carro, não me deixando sair. E eu, gentilmente, buzino. Não olhou, nem ouviu. Buzino outravez. Nem pestanejou. Buzino mais uma vez e outra, e outra, de todas as formas possíveis: intermitente, contínuo, alternado; mas nada. Até que desisto e acabo por comer uma barrita de cereais, porque tinha acabado de sair do ginásio. Nisto, nem uma olhadela para o meu carro para ver se estava a incomodar alguém. Depois de acabar de comer a barrita, lá buzino outravez (intensamente) e a mulher lá ouviu e tirou o carro. Irra, que é preciso uma boa dose de paciência.



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