Um restaurante situado às portas do céu. Porque é como ir ao céu e voltar. E com a companhia certa então ainda melhor. Com uma recepção com direito a espumante Rosé. A espera até à mesa tornou-se agradável. Mas quando se chega ao local de degustação, com aquela vista arrebatadora para a cidade de Lisboa. Um jantar a dois é uma óptima ideia, então em ocasiões especiais ainda melhor. O mesa imaculadamente bem posta, com os talheres todos a que temos direito assim como os copos. O menu era de degustação, mas os olhos comiam mais do que a barriga. Uma entrada que mereceu fotografia dada a criatividade do chef. O foie gras não desapontou, barrado levemente na crocante tosta de trigo que se presenteava na mesa. As velas contrastavam com os pratos imaculados que gritavam por serem usados. Assim o fizemos, juntamente com um branco fresco, fresco (acabado de fazer) da colheita de 2013 da Quinta D. Maria, tão leve e moderno quanto a minha pessoa. Por essa razão o adorei. O segundo prato veio vestido a rigor para nos receber nas suas mais crocantes texturas. A disposição da batata-frita rendilhada no molho tártaro não foi deixada ao acaso. O main course pautou pela sensibilidade ao mais alto nível, na degustação dos mais delicados paladares que almejavam sensações mais ténues. A bochecha de vitela como que se desfazia do garfo à boca e ali se fez magia. Para recordar, a sobremesa trouxe uma surpresa digna de tirar fotografia. Mas infelizmente, a emoção foi tanta que não deu para isso. O cheesecake de limoncello com pedaços de pistachio deslumbrou os olhos e os mais intensos paladares, que jamais irão esquecer de tal degustação.
O serviço foi impecável, sempre preocupados em nos satisfazer do princípio ao fim. Mas só pela vista, vale o esforço de subir uma rua apertadinha. Via Graça, um restaurante a revisitar.

Aqui ficam as fotografias, para mais tarde recordar.