Mais um dia e mais uma desilusão. A vida é feita de ilusões e de desilusões, pessoas que eram tudo num dia e que acabam por não ser mais nada para o resto da vida. Porque continuamos a acreditar em contos de fadas e nas palavras ditas sem demonstrarem acções que as comprovem? As palavras são bonitas, mas não dizem nada. As atitudes podem ser feias, mas demonstram tudo. Porque continuamos a idolatrar uma pessoa que não merece tanto valor? O sentimento de adoração é cego. Não basta sentir, há que pensar se por de trás da fachada, há um edifício com alicerces, porque ao mínimo obstáculo, pode inclusive se destruir. E tudo o que pensávamos ser tão certo, tão lindo e maravilhoso, pode cair por terra.
E depois quando tudo acaba, há a raiva, há a desilusão, há o desatar a gritar por tudo quanto é lado, mas no fim só resta uma coisa: a tristeza. Ninguém merece estar triste, por motivos alheios, ao menos que seja por nós, algo que não conseguimos atingir ou que falhámos. Mas entristecer por outro ser, não há quem mereça e não devia ser.
O pior é que a acumulação de desilusão atrás de desilusão, só serve para ganhar "calo". Sim, o pior, porque apesar de parecer bom, não tem nada de positivo. Quem o ganhou, foi porque sofreu e quem não gosta de sofrer, ganha certas resistências, certas muralhas que construídas formam uma fortaleza fechada a sete chaves, onde é difícil alguém voltar a entrar. E a inocência já não é a mesma e a vivência já não é igual. E talvez nem o comum mortal tenha a capacidade de conseguir encontrar a chave da porta de volta à alegria de viver. De volta aos sorrisos e a magia de acreditar, de confiar, mas acima de tudo, de amar.
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