Já há muito que sabia que o leite não me fazia particularmente bem. Às vezes achamos que é bom, só porque é o normal instalado na sociedade. Só porque sempre bebemos leite de vaca, nunca nos interrogámos o porquê de o bebermos e se realmente nos faz bem. Se somos os únicos mamíferos que continuam a beber leite depois do desmame, deve haver qualquer coisa que não está bem.
Depois da amamentação, o nosso organismo começa a diminuir a produção da enzima  lactase (β-galactosidase) que é a enzima responsável pela digestão da lactose no leite, o que provoca intolerâncias à lactose e até pode mesmo provocar inchaço intestinal, prisão de ventre e refluxo. No entanto, pode variar de pessoa para pessoa. A questão é que sempre vivemos desde pequenos bombardeados com o mito de que o leite era essencial à saúde e que os seus benefícios ultrapassavam qualquer outra fonte de cálcio. Mas, recentemente, toda a campanha publicitária tem caído por terra, quando se revelou um estudo de que apesar de o leite conter bastante cálcio, este não é absorvido pelos ossos e mais, até retira o cálcio aí existente. É verdade, isto acontece devido à acidez natural do leite que provoca uma reacção de neutralização nos ossos através do cálcio, gastando as fontes de cálcio nos ossos.
O leite também está ligado a eczemas, enxaquecas, sinusite e dores nas artriculações.
Como confirmação, basta ver que onde existe menor incidência de fracturas ósseas é nos países com menor consumo de lacticínios.

Tendo, todas estas considerações em conta, vale a pena repensarmos se realmente estamos a fazer bem quando bebemos leite de vaca. Se acharam este post convincente, está na hora da mudança, enquanto é tempo. Existem inúmeras opções ao leite de vaca: leite de soja, aveia, amêndoas, arroz...
E quanto ao cálcio, sabendo que a recomendação da Organização Mundial de Saúde é que a ingestão diária alcance os 1000 mg por dia para o adulto saudável, é necessário ir buscar a outras fontes alimentares, bem como a Vitamina D, importante na fixação do Cálcio. Exemplos de alimentos de origem vegetal com elevado teor de cálcio são: espinafres (160 mg), bróculos cozidos ou em vapor (120 mg ou 300 mg), tofu (159 mg), soja (90 mg), sardinhas (500 mg), sementes de gergelim (400 mg), sementes de linhaça (200 mg), grão de bico (120 mg), aveia (300 mg) e o que ganha por cada 100 g é a chia! Com 556,8 mg.
Existem tantos alimentos com teor de cálcio considerável que o difícil vai ser escolher!

               

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