Sábado passado, finalmente fui ver a película que já correu as bocas do mundo e já rendeu mais de 350 milhões de euros.  Isto de se especular tanto como seria a química entre Anastacia Steel e Mr. Grey tem muito que se lhe diga, porque para quem leu o livro é demasiado arriscado incorrer num crime do Padre Amaro mais romantizado. Como todas as coisas têm dois lados, hoje venho aqui defender o meu ponto de vista a favor do filme que faz prender as atenções dos menos curiosos. Confesso que só li os primeiros capítulos do aclamado livro de E. L James, mas não me arrependo. Queria entrar "limpa" de preconceitos na jornada que veio a ser 50 sombras de Grey. O filme é envolvente desde a sua raíz até às flores que desabrocham e que são depois sabiamente desfloradas. Mr. Grey é o que toda a mulher sonha aparentemente, um homem jovem, atraente, culto e multimilionário. Já Ana Steel é a típica rapariga virgem que se debate com problemas quotidianos. Ambos em mundos tão diferentes, mas que se cruzam numa encruzilhada sem fim. Ana prende-se à atracção inegável que sente por Mr. Grey e este mal sabe que já lhe está irremediavelmente  "preso". Quando uma mulher é capaz de mudar um homem, o sentimento de antes de pura atracção carnal estende-se a um sentimento mais sublime que os unifica. Mr. Grey representa o papel dominador incurável, mas que precisa de Ana para o papel de mulher submissa para servir as suas fantasias e desejos sexuais. Mas é quando ele decide ir para lá do contrato serviçal, que Grey se entrega de alma e coração a Ana. As viagens de helicóptero e planador são para lá de românticas, oferecendo uma exploração de sensações nunca antes sentidas. E o amor começa a surgir nos pequenos detalhes. Não é levado a cabo por completo neste primeiro filme, pois Grey ainda tem problemas para resolver. Mas a expectativa é grande em relação à próxima sequela que se espera electrizante.

A.M