Sempre que há uma  greve o mundo pula e avança, diria António Gedeão. Poderia ser verdade, mas a realidade é que não. O mundo não avança, só fica parado por um dia. O que até era bom, mas não é só um. Chega a ser um, dois ou três, que só dois é pouco e depois mais um ou outro dia para acabar a festa em grande. E como se não bastasse ainda vêm com mais um Santo dia, porque Maquinista fora, dia Santo na casa. E que dia! Não há como entender estas greves que não levam a lado nenhum! E greves com uma percentagem acima de 70%, só não é 100% porque isso seria um número muito exacto para a assiduidade da CP. Tudo na CP tem um "porquê?". Porque é que há estações com cancelas e outras que não se leva com as portas na cara? Porque é que têm campainhas com serviço de atendimento rápido que demora uma eternidade? Porque é que o passe normal de 3 zonas dá de Carcavelos até ao Oriente, mas combinado com a Carris, só dá para metade do caminho? Porque é que os vendedores são atenciosos e simpáticos? Porque é que quando falha um comboio, não transmitem a informação? Porque é que só há pouco tempo começaram a usar o altifalante? Porque é que demora mais tempo a validar um passe do que um bilhete? Porque é que não têm uma ligação directa de Alcântara-Mar a Alcântara-Terra? Já agora porque é que não arranjam as escadas rolantes já há mil anos? Bem, já me alonguei nos porquês (e nem sabia que tinha tantos), mas bem podem dizer que a resposta passa por falta de verbas, que eu não acredito. A falta de dinheiro por si só não é desculpa, a razão de toda esta desastrosa lista de coisas que a CP faz tão bem e não devia gastar tempo a melhorar está no simples facto de uma má gestão por parte da administração dos Comboios de Portugal. Se gastassem mais tempo a preocupar com o que realmente importa, como seja a melhorar as condições dos utentes dos transportes públicos é que faziam bem. Entravam logo todos na linha!


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