Este é um texto que escrevi sobre o síndrome da ansiedade, pois muitas vezes desvalorizamos este problema, no entanto ele está presente diariamente nas nossas vidas, devido ao stress acumulado das dezenas de tarefas que temos para fazer, contas para pagar, etc... E se não houver uma paragem para descansar e reorganizarmos os pensamentos deste constante stress, corremos o risco de ter um break-down, ou desenvolver problemas mais graves. E nesse caso, será preciso recorrer ajuda externa.

Esta é uma reflexão que fiz num dos dias que senti maior stress à minha volta que agora partilho com vocês.
Espero que gostem e que sirva para mostrar o quanto este problema afecta as pessoas no geral.



E se um dia tudo mudar? Tudo sair do nosso controlo e sentirmos que nos estamos a afogar num mar sem fim? Num mar de interrogações sem resposta que esperam desalmadamente por uma que nunca chega. E a ansiedade aumenta, como que se estivéssemos dentro de um cubo gigante que nos vai apertando por todas as frentes, até ficarmos sem ar, sem a mínima noção da realidade, com a visão distorcida e os sentidos mal apurados. Nesse instante, tudo à nossa volta parece concentrado no espaço claustrofóbico dos nossos pensamentos. É um buraco negro capaz de sugar toda a nossa existência. Tudo se transforma num problema, se algo sai fora do controlo, estamos logo alerta para prevenir futuras mudanças. E achamos que está tudo nas nossas mãos, só que não está. E isso tem um efeito tóxico perigoso para a sanidade humana. Queremos tudo à nossa maneira, tudo planeado até ao mais ínfimo detalhe. Detestamos a mudança, porque nela figura a incerteza e o medo do desconhecido. O que não conhecemos é um risco, o que já conhecemos é um dado adquirido. Expondo-nos ao perigo da mudança, estamos a aprender a viver, a correr o risco prometido. Só correndo riscos, se pode alcançar grandes metas, mesmo que não tenham sido traçadas por nós, há que saber usar o poder de encaixe. Visualizar o acontecimento antes dele acontecer, só cria ilusões. E fornece decepções. Usar o que temos disponível hoje, para criar amanhã. E não desperdiçar o hoje, a pensar no amanhã. São frases fáceis de se dizer, mas difíceis de se fazer. Há que em tudo saber deixar acontecer. E isso é aprender a viver.





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