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Pensamentos profundos # part 1

19.11.14

Há dias em que a tristeza dá lugar à inspiração. Esta foi uma delas:


"They may say I'm a dreamer", dizia Jonh Lennon na sua canção que a tornou de todos. E um bocadinho minha também, porque podem dizer que sou apenas uma sonhadora, mas sou muito mais do que isso. Sou aquilo que quero ser e quero ser aquilo que sou, porque se assim não for, mais vale não ser. E se sou, sou por inteiro, por imersão total e absoluta dentro do espelho da vida. Tudo o que somos espelha aquilo que fazemos. É tão bonito sermos fiéis à raiz emergente dentro de nós. Ser só por ser não leva a crer. Origina desapego, desinteresse, apatia, estar só por estar, um não uso apropriado do corpo que leva à castração da alma. Não se pode ser se não se unir num só a alma e o corpo. E por isso, o meu corpo é como um subordinado da alma, porque só faço o que sinto, só sinto o que sinto que penso e se não sentir não tem sentido. Tudo o que experimentamos é uma mera ilusão se não o sentirmos até ao fundo das veias. O que irriga o sangue não é um músculo em acção, é a sensação desaustinada que obtemos de tudo à nossa volta e a paixão desenvolta no querer sempre mais, a indecisão de querer ou não querer, mas no fim de contas querer sempre. Querer é viver, não querer é morrer. Querer não perder o que se tem e querer desejar sempre mais, porque mais é uma conta mais fácil do que subtrair. Qualquer pessoa tem mais facilidade em adicionar do que subtrair. E isso é sonhar. Sonhar com o possível, desejar o impossível. Olhar o infinito com olhos de ver, tocar com a ponta do dedo no começo do céu e aí permanecer. Isso é ser, isso é viver. 


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